Iniciou sua vida pública em
1909, na “Assembleia dos Representantes” (atual Assembleia Legislativa do Rio
Grande do Sul. Reeleito, em 1913 renunciou ao mandato, em protesto às atitudes
tomadas pelo então presidente do estado, Borges de Medeiros. Retornou à
Assembleia de 1917 a 1923, quando foi eleito Deputado Federal pelo Rio Grande
do Sul.
Exerceu, entre 1926 e 1927,
o cargo de Ministro da Fazenda no governo de Washington Luís. Deixou o
ministério para concorrer ao cargo de “Presidente do Estado” (o atual
Governador) do Rio Grande do Sul, encerrando 30 anos de governo de Borges de
Medeiros naquele estado. Comandou o estado gaúcho de 25 de janeiro de 1928 até
09 de outubro de 1930, quando deixou o cargo, em pleno curso da Revolução que o
conduziria à Presidência do Brasil.
Getúlio havia sido candidato
à presidência nas eleições de 01º de março de 1930. Tal eleição configurava um
rompimento à conhecida “Política do Café com Leite”, na qual revezavam-se no
poder interesses dos estados de São Paulo e Minas Gerais. O presidente
Washington Luís decidiu pelo apoio ao candidato Júlio Prestes que, assim como
ele próprio, era apoiado pelo Partido Republicano Paulista. O Partido
Republicano Mineiro chegou a propor e apoiar uma “terceira via” ao lançar e apoiar
o nome de um candidato não paulista e não mineiro, que viria a ser o próprio
Getúlio Vargas.
A eleição aconteceu de
maneira relativamente calma, para os padrões da República Velha. Porém, a
apuração dos votos se deu de maneira demorada e tensa, estendendo-se até maio
de 1930, declarando vencedor o candidato Júlio Prestes, com 1.091.709 votos,
contra 742.797 votos dados a Getúlio.
Diversas acusações de fraude
eleitoral então criaram o ambiente propício para que tivesse início uma
conspiração que objetivava impedir que Júlio Prestes assumisse a presidência, posse
marcada para 15 de novembro de 1930. Uma série de fatos, inclusive o
assassinato de João Pessoa, Presidente do Estado da Paraíba e que havia sido
candidato a Vice-Presidente junto com Getúlio Vargas, acabou levando à
revolução que teve seu início em 03 de Outubro de 1930. Com o andar da
revolução, o presidente Washington Luís foi deposto faltando apenas 22 dias para
o término de seu mandato. A Junta Governativa Provisória Militar entregou o
poder a Getúlio Vargas em 03 de novembro de 1930.
Getúlio Vargas iniciava seu
primeiro período como presidente do Brasil. Por 15 anos ininterruptos, de 1930
até 1945, governou o país, dividindo-se este período em 3 fases: de 1930 a
1934, como chefe do "Governo Provisório"; de 1934 até 1937 como
presidente da república do Governo Constitucional, tendo sido eleito presidente
da república pela Assembleia Nacional Constituinte de 1934; e, de 1937 a 1945,
como presidente-ditador, durante o Estado Novo implantado após um golpe de estado.
No dia 29 de outubro de
1945, Getúlio Vargas renunciou, ante a iminência de ser deposto por um golpe
militar. Foi afastado sem nenhuma punição, mantendo seus direitos políticos. No
dia 2 de dezembro do mesmo ano, foram realizadas eleições livres para o parlamento
e presidência, nas quais Getúlio seria eleito senador pela maior votação da
época (mais de 1.300.000 votos).
Pouco participou da
Assembleia Constituinte de 1946, proferindo apenas 5 discursos no parlamento.
Deixou o senado em 1947, mas retornou à vida pública como candidato à
Presidência da República em 1950. Getúlio Vargas venceu a eleição por
expressiva diferença de votos dos outros dois candidatos. Até mesmo a data da
eleição, marcada para 03 de outubro deste ano, prestava homenagem à data da Revolução
de 1930.
No segundo período, em que
foi eleito por voto direto, Getúlio governou o Brasil como presidente da
república, por 3 anos e meio: de 31 de janeiro de 1951 até 24 de agosto de
1954, quando se suicidou.
Cometeu suicídio no ano de
1954, com um tiro no coração, em seu quarto, no Palácio do Catete, na cidade do
Rio de Janeiro, então capital federal. Motivado especialmente por seu suicídio
enquanto estava no poder, há uma tendência de exaltação das virtudes e de
negação dos desacertos de seu governo e de suas atitudes. Getúlio Vargas foi
considerado o mais importante presidente da história do Brasil. Sua influência
se estende até hoje.
A nomeação desta rua é um
dos exemplos da prática, que só foi coibida em 1977, de atribuir nome de
pessoas vivas às obras e coisas públicas. Em 1944, data do Decreto que nomeou a
via, Getúlio Vargas exercia a presidência da república.