Extensão: 60 metros
Bairro: Bom Sucesso
Lei 1724/2002
Em 2002, mais uma das iniciativas de organização de áreas da
cidade foi tomada, nominando ruas dos loteamentos Irmãos Cordeiro e Vila João
Corrêa de Mello, no bairro Bom Sucesso.
Foram denominadas 14 ruas destes loteamentos, todas próximas
umas das outras, com nomes de tribos indígenas brasileiras. A justificativa
para a escolha do nome destas ruas foi a de que, 500 anos após o descobrimento,
estas nações indígenas ainda sobrevivem. São elas: Avá-Canoeiro, Bororos,
Caeté, Caiapós, Carijó, Goitacá, Ianomâmi, Juruna, Pataxó, Potiguar, Tamoio,
Tremembé, Tupiniquim e Xavantes.
Os goitacás foram um grupo indígena brasileiro que habitou a
região costeira brasileira entre o Rio São Mateus, no atual estado do Espírito
Santo e o Rio Paraíba do Sul, no atual estado do Rio de Janeiro, até a metade
do século XVII, quando foram praticamente exterminados pelos colonizadores de
origem portuguesa.
Os especialistas aventam duas possibilidades sobre o
significado da palavra “goitacá". "Grandes corredores", a partir
da palavra tupi guata, que significa
"correr", "marchar", "andar", ou "gente que
sabe nadar", a partir dos termos tupis aba
("homem"), ytá
("nadar") e quaa
("saber").
Fisicamente, possuíam pele mais clara, eram mais altos e
robustos que os demais índios do litoral. Reuniam ainda uma "força
extraordinária e sabiam manejar o arco com destreza". Tinham o hábito de
dançar e cantar em ocasiões festivas, usando o jenipapo para a pintura do corpo
e penas de aves com as quais adornavam seus objetos. Viviam nus, deixando o
cabelo comprido, formando uma longa cabeleira. Sua alimentação constava de
frutos, raízes, mel e, principalmente, de caça e pesca. Eram supersticiosos
quanto à água para beber, não bebendo-a de rios e lagoas, mas sim das cacimbas.
Mantinham comércio com os colonizadores europeus, mas com uma
peculiaridade: não se comunicavam com os colonizadores. Deixavam seus produtos
em um lugar mais elevado e limpo, ficando à distância, observando as trocas.
Davam mel, cera, pescado, caça e frutos em troca de enxadas, foices, aguardente
e miçangas. Assim como os demais povos indígenas brasileiros, os Goitacases
guerreavam entre si e contra seus vizinhos. "Quando não se julgam fortes,
fogem com ligeireza comparável à dos veados." Além do arco e da flecha,
faziam, com perfeição, trabalhos com penas de aves multicoloridas, usando-as no
corpo e nas armas e também em ocasiões festivas. Trabalhavam o barro,
enterrando seus mortos em igaçabas.
Atualmente, há indivíduos, especialmente vivendo em aldeias
pataxós, que se autodenominam como descendentes dos goitacases, contestando a
definição de extinção do povo.